Foi apresentado, em Fátima, por D. Manuel Clemente, Cardeal-Patriarca de Lisboa, o livro A Pastoral das Grandes Cidades. Um evento que contou com a presença do organizador da obra, Card. Lluís Martínez Sistach, Arcebispo Emérito de Barcelona.
A Pastoral das grandes cidades apresenta as intervenções no I Congresso Internacional sobre a Pastoral das Grandes Cidades, que teve lugar em Barcelona (20 a 22 de maio de 2014) e no Vaticano (24 a 26 de novembro de 2014). O encontro foi promovido pelo então arcebispo de Barcelona, cardeal Lluís Martínez Sistach, depois de conversas com o cardeal Bergoglio antes do conclave que o elegeu Papa Francisco. No regresso a Barcelona, o cardeal Sistach resolveu organizar o congresso em duas fases: na primeira, foram ouvidos especialistas; na segunda, os pastores analisaram e debateram a pastoral das grandes cidades.
D. Manuel Clemente, que participou na segunda fase do congresso, referiu na apresentação que «hoje os seres humanos vivem maioritariamente em cidades, e as nossas estruturas pastorais são herdeiras do mundo rural, onde toda a gente se conhecia, onde a maior parte das pessoas nasciam, vivam e morriam no mesmo sítio, e hoje não é nada disso, cada vez menos». Para o Cardeal-Patriarca de Lisboa, «este congresso não inventou, mas olhou para as respostas que se vão dando».
Para o bispo de Lisboa, o desafio da Pastoral das Grandes Cidades passa pela desinstalação em «duas alíneas»: «o Papa diz a igreja em saída, o que significa que quem está na celebração se sente motivado a levar isso para fora, até para os seus vizinhos, mas também sair de si, para dar espaço ao outro, de acolhimento de quem vem de fora».
O Papa Francisco disse aos participantes deste encontro: «Na minha opinião, a pastoral é mais do que uma ação, é também presença, conteúdo, atitudes e gestos. Uma primeira proposta: sair e facilitar. Trata-se de uma verdadeira transformação eclesial. E tudo ponderado em chave de missão. Uma mudança de mentalidade: do receber ao sair, do esperar que venham ao ir à sua procura. E para mim, esta é a chave! […] Tornar acessível o sacramento do Batismo. Igrejas abertas. Secretarias com horários para as pessoas que trabalham. Catequeses adequadas nos conteúdos e nos horários da cidade. […] Uma segunda proposta: a Igreja samaritana. Estar presente. Trata-se de uma mudança, no sentido do testemunho. Na pastoral urbana, a qualidade será conferida pela capacidade de testemunhar por parte da Igreja e de cada cristão.»
Veja aqui as fotos da apresentação: